O cérebro – como cuidar bem dele

Se a morte é a parada completa e irreversível de todas as funções cerebrais, havendo alguma função, mesmo em estado de coma há vida. Ok?

Então, podemos dizer que é possível haver vida em diferentes níveis de intensidade. Desde uma vida vegetativa dependente do uso de aparelhos numa UTI até uma vida brilhante na qual o cérebro é capaz de fazer infinitas conexões de fatos, ter excelente memória e criatividade, sendo calmo e sereno para fazer as melhores escolhas e aproveitar com alegria e felicidade essa incrível aventura de viver.

Uma vez que a intensidade de vida em nós depende da qualidade da função cerebral. Que tal intensificá-la ao máximo? Sabemos que a nossa capacidade é praticamente ilimitada!

A neurociência já confirmou que células tronco cerebrais podem ser ativadas a qualquer momento. Basta concentrar-se em alguma atividade. Isso mesmo, durante a leitura deste texto você já está fazendo terapia com células tronco em várias regiões cerebrais – especialmente no hipocampo, área responsável pela memória. Esse processo é reconhecido por reduzir e até mesmo impedir a instalação do mal de Alzheimer.

Sabendo disso, o que fazer para amplificar esse mecanismo e criar novos neurônios?

Há vários exercícios que podem ser feitos mesmo sem sair de casa.

Mais importante do que a ingestão de qualquer suplemento, exercitar-se é o principal fator. Essa atitude simples é capaz de alterar a epigenética, estimulando a formação de uma partícula química chamada BDNF (fator neurotrófico cerebral), cujas funções são:

– Regular o desenvolvimento de novas células cerebrais.

– Estimular a plasticidade sináptica, que é a forma como os neurônios se comunicam entre si – elemento fundamental no processo de aprendizagem.

– Capacitar os neurônios para suportarem trauma – indivíduos com níveis elevados de BDNF têm o cérebro mais resiliente e se recuperam melhor de acidentes.

The Journal of the American Medical Association publicou em 2014 o resultado de um importante estudo demonstrando uma correlação muito forte entre baixos níveis de BDNF e alta probabilidade de se tornar demente.

Segundo o Dr. David Perlmutter, renomado neurologista americano, devemos usar todos os recursos para aumentar os níveis de BDNF, pois essa é a melhor maneira de se prevenir o mal de Alzheimer.

Outras medidas importantes para elevar o seu BNDF são:

– Suplementação de DHA – prefira os concentrados e na forma de triglicerídeos, pois têm melhor absorção e biodisponibilidade.

– Uso de açafrão – como tempero.

– Ingestão de fibras alimentares – por sua capacidade de melhorar a flora intestinal.

Vários estudos têm demonstrado que o aumento do BDNF não apenas evita o declínio das funções cerebrais, mas é capaz de incrementar o desenvolvimento cerebral – inclusive o tamanho da área responsável pela memória – o hipocampo.

O Dr. Kirk Erickson, neurologista da Universidade de Pittsburgh, acompanhou, por ressonância magnética, a medida do hipocampo de  alguns indivíduos. No intervalo de 2 anos, aqueles que eram sedentários tiveram redução no tamanho do hipocampo – o que era de se esperar. Entretanto, aqueles que iniciaram a prática de exercícios físicos aeróbicos por 20 minutos diariamente tiveram significativo aumento do hipocampo. Testes confirmaram melhora na memória e elevação do nível de BDNF no sangue.

Outros estudos recentes demonstram ainda que a neurogênese é um fator fundamental na regulação do estado de humor – indivíduos com depressão têm baixos níveis de BDNF.

Tantas pesquisas nos fazem concluir que podemos envelhecer mantendo a saúde mental e preservando o que nos é mais precioso: nossa memória… E com ela nossa história.

Lembremos também de evitar tudo que seja neurotóxico. Com um grande destaque para o açúcar, adoçantes, glúten, gordura hidrogenada (trans) e álcool.

Ah! Nosso órgão mais importante também precisa de descanso. Oito horas de sono! Enquanto você dorme,  o cérebro se mantem em atividade – organizando informações e eliminando toxinas.

Ainda, para ter um super cérebro e viver uma vida plena de satisfação é preciso nutrir bem essas células. A Lygia elaborou uma lista que fará seus neurônios felizes.

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Dr. Djalma Bambirra
Acredito que a verdadeira arte da medicina não é combater doenças, mas promover saúde.

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